Quando falamos sobre dose ideal de exercício geralmente surgem muitas dúvidas. Existe um volume de treino ideal para nos mantermos saudáveis e reduzirmos a incidência das doenças cardiovasculares e crônico degenerativas? Nesse contexto, é sempre importante lembramos que mais importante do que o volume de exercícios (quantidade total de trabalho realizada) é o grau de aptidão física daquele indivíduo, o que inclui ter uma boa condição aeróbica, ter boa composição corporal, força muscular, flexibilidade e equilíbrio.
E esse nível de aptidão física pode ser avaliado objetivamente por meio do teste cardiopulmonar, um exame que permite a medida direta do Vo2 máx por meio da análise dos gases expirados.
Mas, voltando à pergunta inicial sobre a dose ideal de exercício, agora entendemos que talvez essa dose não deva ser a mesma para todos. O ponto ideal de partida deveria ser a avaliação correta da aptidão física ou ao menos da condição aeróbica, para uma prescrição muito mais individualizada.
Em termos gerais, a recomendação da maioria das diretrizes médicas é de pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos de moderada intensidade ou 75 minutos para os aeróbicos de alta intensidade. Não podemos esquecer dos exercícios de força muscular, pelo menos 3x/semana, trabalhando os principais grupamentos musculares, além dos exercícios para flexibilidade.
E existe um limite superior ou uma dose a partir da qual o exercício poderia tornar-se maléfico para a saúde? Até o momento, a resposta para essa pergunta ainda permanece incerta. O que está muito claro são os benefícios inegáveis do exercício para nossa saúde e os riscos para aqueles que ainda permanecem sedentários.